Ser professor é ser educador, objetivando estimular não somente a aquisição do conhecimento, a competividade sadia, a autodisciplina e a autoconfiança, mas também, e principalmente, a interação com as pessoas, com o meio ambiente e com os diversos meios de aquisição do conhecimento, desde a escuta de um idoso até a pesquisa minuciosa nas fontes disponíveis.
É saber lidar com as problemáticas do seu tempo, adquirindo sempre novos conhecimentos e conseguir colocá-los em prática ao nível dos seus alunos, inventando e reinventando, criando e recriando de acordo com as necessidades reais de seus alunos, sendo o grande incentivador e mediador no processo de aprendizagem dos mesmos.
Recorrendo a um dos ditados populares: “É ensinar a pescar”. Só dar o peixe é uma irrealidade, isto é, não ajuda a aquisição da autonomia e autossuficiência tão necessária ou imprescindível à vida de qualquer pessoa e, principalmente, aos chefes (responsáveis) de família.
Na Bíblia, em Lucas 6: 40 lemos: “O aluno não está acima de seu instrutor, mas todo aquele que for perfeitamente instruído será semelhante ao seu instrutor”. Portanto, compete ao professor-educador a tarefa de fazer discípulos, ou seja, seguidores do que vale a pena na vida, sendo, a cada ano letivo, o grande multiplicador dos conhecimentos e valores permanentes ou essenciais para qualquer geração.
Importante é que não nascemos; tornamos-nos professores. Primeiro, porque escolhemos ser professores; segundo, porque vamos sendo “lapidados como diamante bruto” na formação que escolhemos desde o Ensino Médio ou na Graduação. E este processo de lapidação se intensifica nos “estágios” ou “primeiros anos de docência”, e é continuado nos Cursos de Educação Continuada ou Pós-graduação e / ou até aposentadoria.
Uma vez professor sempre professor. Não há como “desligar” a corrente da motivação que foi iniciada um dia qualquer (alguns sabem bem a época – a minha iniciou com a influência da minha professora primária inesquecível, Edite da Silva Nessy – outros não se lembram da época; o importante é que a motivação teve início) dentro da mulher ou do homem eu escolheu essa importante e inextinguível profissão.
Portanto, o professor, segundo Gadotti, é aquele que: “ [...] se tornou um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e, sobretudo, um organizador da aprendizagem.” Desta forma, mantendo-se diariamente comprometido com a motivação que o fez caminhar na direção dessa profissão, sendo sempre o grande incentivador de seres humanos, para que se apaixonem e desenvolvam suas competências para o exercício da profissão escolhida, buscando, ainda, ser feliz e contribuir com a sociedade.
Referências Bibliográficas:
GADOTTI, Moacir - Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido – Novo Hamburgo: Feevale, 2003. 80p. ; 21cm.
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.