Animais de estimação compensam o trabalho que dão, trazendo alegria e fazendo companhia aos seus donos. Na escola, a professora Jaque fez a eleição de um bicho de estimação e, em forma de rodízio, o aluno que o leva para casa cuida o brinquedo de forma adequada, trazendo-o no dia seguinte para que outro colega possa fazer o mesmo.
Segundo Maria Borja Solé - precursora da organização de brinquedotecas como espaços educativos públicos - em entrevista à Revista Pátio - nº 27 - "O jogo é uma atividade realizada na primeira etapa de vida pelos mamíferos superiores: ratos, golfinhos, macacos etc. Qual a criança que não brincou com cachorros ou gatos nos primeiros meses de vida? Falar de jogo humano é uma maneira de centrar a capacidade lúdica dos mamíferos na ludicidade própria de nossa espécie, dando-lhe especificidade e mostrando que ele tem uma singularíssima importância para o desenvolvimento da pessoa."
É interessante o cuidado que dispensam ao hospede e a responsabilidade demonstrada nesse vai e vem. Além do carinho pela professora que compartilha os seus desejos e elogia-os pela atenção e cuidados dispensados ao “bichinho.” Porém, às vezes, a professora precisa repreender o aluno por atitudes erradas em relação aos cuidados com o “bichinho de estimação” da turma, que pode causar doenças, principalmente, no inverno. Como mãe e meu esposo, como pai, já repreendemos duramente nosso filho adolescente que numa época considerava nossa cadelinha Pit como “anigente”,ou seja, estava dando mais valor pra Pit do que pra seus pais, o que ficava a simples menção que a daríamos para outra pessoa. Chorava e brigava sem parar, sendo que ele mesmo nunca fora responsável pela Pit. Este é só um dos aspectos intrigantes da vida contemporânea, onde as relações e sensações estão além das experiências humanas comuns, mas que acabam trazendo problemas nos relacionamentos. O perigo são os extremos: alguns têm total desprezo pelos animais domésticos familiares; outros têm amor em excesso por estes animais, o que se comprova pela maneira como os tratam, isto é, como gente, isolando-se das pessoas e, por suas ações e apego, prejudicam até o(s) animal(is) nesta nova relação homem animal. O filósofo Deleuze diz, numa entrevista, que manifesta interesse pelos “animais domésticos familiares” como o piolho, porque não é animal doméstico, seja este gato ou cachorro, mas o tipo dominante contemporâneo da relação do homem adulto com o animal. Estas são relações que humanizam o animal, “nas quais o animal se torna uma prótese afetiva,com quem se tem uma relação de projeção e poder.” Assim, alguns animais trazem status para seu dono e circulam por estabelecimentos comerciais outrora somente próprios para pessoas. Deleuze diz que “ o importante é ter uma relação animal com animal”, e não familiarizá-lo, não humanizá-lo. Todo animal tem seu mundo, e isto tem que ser respeitado tanto pelo adulto, como pela criança ou adolescente, para que possamos viver no nosso mundo e não “a vida de todo mundo.”
Segundo Maria Borja Solé - precursora da organização de brinquedotecas como espaços educativos públicos - em entrevista à Revista Pátio - nº 27 - "O jogo é uma atividade realizada na primeira etapa de vida pelos mamíferos superiores: ratos, golfinhos, macacos etc. Qual a criança que não brincou com cachorros ou gatos nos primeiros meses de vida? Falar de jogo humano é uma maneira de centrar a capacidade lúdica dos mamíferos na ludicidade própria de nossa espécie, dando-lhe especificidade e mostrando que ele tem uma singularíssima importância para o desenvolvimento da pessoa."
É interessante o cuidado que dispensam ao hospede e a responsabilidade demonstrada nesse vai e vem. Além do carinho pela professora que compartilha os seus desejos e elogia-os pela atenção e cuidados dispensados ao “bichinho.” Porém, às vezes, a professora precisa repreender o aluno por atitudes erradas em relação aos cuidados com o “bichinho de estimação” da turma, que pode causar doenças, principalmente, no inverno. Como mãe e meu esposo, como pai, já repreendemos duramente nosso filho adolescente que numa época considerava nossa cadelinha Pit como “anigente”,ou seja, estava dando mais valor pra Pit do que pra seus pais, o que ficava a simples menção que a daríamos para outra pessoa. Chorava e brigava sem parar, sendo que ele mesmo nunca fora responsável pela Pit. Este é só um dos aspectos intrigantes da vida contemporânea, onde as relações e sensações estão além das experiências humanas comuns, mas que acabam trazendo problemas nos relacionamentos. O perigo são os extremos: alguns têm total desprezo pelos animais domésticos familiares; outros têm amor em excesso por estes animais, o que se comprova pela maneira como os tratam, isto é, como gente, isolando-se das pessoas e, por suas ações e apego, prejudicam até o(s) animal(is) nesta nova relação homem animal. O filósofo Deleuze diz, numa entrevista, que manifesta interesse pelos “animais domésticos familiares” como o piolho, porque não é animal doméstico, seja este gato ou cachorro, mas o tipo dominante contemporâneo da relação do homem adulto com o animal. Estas são relações que humanizam o animal, “nas quais o animal se torna uma prótese afetiva,com quem se tem uma relação de projeção e poder.” Assim, alguns animais trazem status para seu dono e circulam por estabelecimentos comerciais outrora somente próprios para pessoas. Deleuze diz que “ o importante é ter uma relação animal com animal”, e não familiarizá-lo, não humanizá-lo. Todo animal tem seu mundo, e isto tem que ser respeitado tanto pelo adulto, como pela criança ou adolescente, para que possamos viver no nosso mundo e não “a vida de todo mundo.”
Fontes de pesquisa:
- Revista Pátio Educação Infantil, nº 27 – entrevista – Maria Borja Solé.
- Artigo “Formação Estética, Saber, Subjetivação, Contemporaneidade.” Cynthia Farina – na entrevista “Deleuze e o Abecedário” (1987 e 1998).
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